Apocalipse do Lorvão

Produção Audiovisual
Licenciatura em Design e Multimédia
Departamento de Arquitetura/Departamento de Engenharia Informática
Universidade de Coimbra

Instalação
Mosteiro de Santa Maria do Lorvão e Casa das Artes Martins da Costa, Penacova

Datado de 1189, o Apocalipse de Lorvão é um manuscrito iluminado, possivelmente produzido no scriptorium do Mosteiro de Santa Maria do Lorvão. Trata-se de uma das raras obras do género sobreviventes da Idade Média portuguesa. Atualmente, encontra-se sob a guarda da Torre do Tombo, para onde foi levado por Alexandre Herculano em meados do século XIX. O Apocalipse de Lorvão é um comentário ao Livro do Apocalipse, o último livro do Novo Testamento, que relata as revelações recebidas pelo Apóstolo São João, o Evangelista, durante o seu exílio na ilha de Patmos. A obra destaca-se pelo uso de uma paleta cromática limitada – negro, amarelo, laranja e vermelho – e por ilustrações românicas com influências bizantinas. O texto, escrito em latim, emprega a escrita gótica da época. O escriba responsável foi identificado como Egeas, que pode ter sido também o iluminador do manuscrito. O livro foi reconhecido pelo programa Memória do Mundo, criado pela UNESCO, que, segundo o seu site oficial, reúne os “os mais bonitos e originais [manuscritos] produzidos pela civilização medieval ocidental”.
O Apocalipse de Lorvão esteve em exposição temporária no Mosteiro de Santa Maria do Lorvão, de 1 a 18 de maio de 2005. Para assinalar a ocasião, estudantes da Licenciatura em Design e Multimédia da Universidade de Coimbra foram desafiados a criar obras audiovisuais inspiradas nas iluminuras do manuscrito e no seu tema, explorando, de forma profícua, as profecias e visões sobre o fim dos tempos. O resultado foi apresentado no Mosteiro do Lorvão, durante a realização da exposição, em maio; e pode ser apreciado na Casa das Artes Martins da Costa, em Penacova, durante o festival